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Câmara realiza audiência para debater implantação do sistema 5G

Audiência, convocada pela Comissão de Obras, teve participação de representantes de empresas de telefonia, de infraestrutura, da Anatel do Executivo, além de vereadores
Câmara realiza audiência para debater implantação do sistema 5G

Representantes do Executivo e vereadores durante audiência do 5G

[27/03/2024]

A Comissão Permanente de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de São José do Rio Preto realizou audiência pública para debater o projeto de lei do Executivo que autoriza a implantação do sistema 5G no município. Participaram representantes do Executivo, das empresas de telefonia e de infraestrutura em telecomunicações e dos vereadores.

A audiência foi aberta pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Jorge Luiz de Souza, que falou da importância do sistema 5G, como a velocidade, e ressaltou a necessidade da lei para implantação das novas antenas para viabilizar o sinal e tráfego. O presidente da Empro, Julio Cesar Antonio Filho, disse que é "indiscutível o avanço que o sistema trará." "Uma revolução, velocidade 100 vezes maior. E as antenas são do tamanho de caixas de sapato, que podem ser instaladas em semáforos, postes, sem preocupação ambiental ou de zoneamento".

Ele disse ainda que não há preocupação em relação à radiação, já que não existe esse risco, segundo ele. "Já estamos num aquário de radiação. Tudo emite radiação, lâmpadas, celulares, aparelhos de microondas. A diferença são as radiações ionizantes e não ionizantes. Não existe qualquer preocupação."

O representante da Anatel, José Humberto Sverzut, lembrou que o sistema 5G permite não só o aumento da velocidade do sinal de internet, mas a diminuição da latência, que é o atraso entre a comunicação do emissor e receptor. "Isso nos permitirá medicina, cirurgias em tempo real, exames de imagem à distância, entre outros", afirmou. Sobre o projeto em discussão, Sverzut fez alguns apontamentos que considera restritivos, como artigos que padronizam a instalação das antenas, como, por exemplo, exigência de que cabos de energia e fibra ótica estejam enterrados.

A representante do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia (Conexis), Kátia Garbin, também apontou itens que considera restritivos no projeto, como a exigência de alvará de funcionamento para antenas. "O alvará deve ser relacionado apenas para as infraestruturas de suporte, como as torres, e não aos aparelhos de telecomunicações em si, que é competência da Anatel." Ela apontou ainda que considera os recuos mínimos exigidos outro impeditivo. O projeto exige que para instalação de torres haja recuo mínimo de três metros para a lateral a cinco metros para a frente. Mesmo apontamento foi feito pelo representante das empresas de infraestrutura, Pavél Pereira Rêgo.

Apontamentos que foram rebatidos pelo engenheiro da Secretaria de Obras Flávio Bertazoni. "Isso é uma prerrogativa do município. Como vamos autorizar uma torre de 50 metros a um metro do muro de uma residência?"

Participaram ainda da audiência os membros da Comissão de Obras, Karina Caroline, Bruno Moura, Celso Peixão e Jorge Menezes, além dos vereadores Bruno Marinho, Jean Charles, Renato Pupo e Anderson Branco, que, apesar de alguns apontamentos, se declararam favoráveis ao projeto, que tem uma emenda de Menezes que pede a realização de audiência pública antes da instalação de cada torre de grande porte.

Com a realização desta audiência, o projeto do 5G segue para análise das comissões permanentes da Câmara e fica apto para ser votado em plenário.

Comunicação/Câmara Municipal

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