Ferramentas Pessoais

Comissão de Saúde faz reunião com presidente da Empro

Angelo Bevilacqua fala sobre a instabilidade do sistema informatizado das UPAs e postos de saúde; problema tem provocado demora no atendimento a pacientes
Comissão de Saúde faz reunião com presidente da Empro

Angelo Bevilacqua é presidente da Empro

[05/10/2022]

A Comissão Permanente de Saúde da Câmara de São José do Rio Preto realizou reunião para debater a instabilidade do sistema informatizado usado pelas unidades de saúde e unidades de pronto-atendimento do município. Pacientes reclamam da lentidão da ferramenta, situação que tem provocado demora nos atendimentos. O encontro foi realizado na manhã desta quarta-feira, dia 5 de outubro.

Os vereadores Celso Peixão (MDB), presidente da comissão, Karina Caroline (Republicanos) e Odélio Chaves (Progressistas), membros do colegiado, ouviram Angelo Bevilacqua Neto, presidente da Empro (Empresa Municipal de Processamento de Dados), instituição responsável pelo sistema utilizado pela Secretaria Municipal de Saúde. Também participaram da reunião diretores da empresa pública, profissionais da Saúde e os vereadores Anderson Branco (PL), Jean Charles Serbeto (MDB), Bruno Marinho (Patriota), Diego Mahfouz (MDB) e Julio Donizete (PSD). Os parlamentares relataram casos de demora de até quatro horas no atendimento e de retomada do preenchimento manual dos documentos nas UPAs.

Bevilacqua informou que a Empro tem mais de cem sistemas em uso pela Prefeitura de Rio Preto e que atualmente apenas a ferramenta utilizada pela Saúde apresenta problemas. Segundo ele, o sistema Empro Saúde funcionava bem até novembro de 2021, mas o aumento no uso - com mais unidades de saúde, implantação do serviço de telemedicina, crescimento do número de usuários (com a migração de pacientes dos convênios para o serviço público, em função da crise econômica) – vem provocando lentidão na ferramenta.

Ainda de acordo com Bevilacqua, desde dezembro de 2021, a equipe da Empro, em parceria com profissional da iniciativa privada, busca detectar a origem do problema e traçar soluções. Oito dos 24 desenvolvedores da Empresa Municipal de Processamento de Dados trabalham para atualizar o sistema da Saúde. A previsão é que ele volte a operar normalmente dentro de quatro meses. “É um trabalho longo. O sistema que foi desenvolvido é monolítico, em um bloco só. Queremos transformar em microsserviços. Esperamos que entre 90 e 120 dias o sistema esteja bem melhor.”

Os problemas são identificados especialmente no período das 9 às 11 horas e das 14 às 16h30. Paralelamente à atualização e melhoria da ferramenta, a Empro informa que vai monitorar as atividades de rotinas internas feitas com o uso do sistema (como a realização de relatórios, por exemplo). Nos momentos que a ferramenta apresentar lentidão, essas atividades serão bloqueadas, e os profissionais da Saúde deverão fazê-las em outros períodos, nos quais o sistema não esteja sobrecarregado. Dessa forma, é possível priorizar atividades diretamente ligadas ao atendimento dos pacientes, como acesso aos prontuários eletrônicos, por exemplo.

A Empro também informa que monitora de forma permanente o status do sistema e se há sobrecarga. Contudo, profissionais da Saúde relatam que há casos em que o monitoramento aponta normalidade, mas a ferramenta apresenta tanta lentidão que impede o trabalho dos profissionais nas unidades. Ou seja, o monitoramento mostra que o sistema está ativo, mas o profissional não consegue acessá-lo, situação que provoca desgaste na equipe e nos pacientes. Diante dessa informação, Bevilacqua afirmou que vai enviar integrantes da Empro às unidades de saúde a fim de checar tal situação.

Diante do prazo de quatro meses para solução problema, vereadores comentaram sobre a possibilidade da Empro contratar mais pessoas ou empresas, a fim de acelerar as melhorias e soluções. Bevilacqua afirmou que a instituição firma convênio com universidades, em busca de estagiários do setor. A empresa pública enfrenta situação complexa no quadro funcional: a Empro perdeu 14 funcionários nos últimos anos (foram contratados por outras empresas) e há falta de profissionais da área de tecnologia no mercado. “Há uma deficiência de mais de 150 mil desenvolvedores no País.”

Mesmo nesse cenário, o presidente da Empro defende a atualização e melhoria do atual sistema da Saúde, em vez da aquisição de um novo. “Se comprar um sistema novo, vai levar mais de um ano para implantar.”

Comunicação / Câmara Municipal

Ações do documento
Câmara Municipal de São José do Rio Preto
Rua Silva Jardim 3357 - CEP 15010-060
São José do Rio Preto / SP - ver mapa
Fone (17) 3214-7777 | Fax (17) 3214-7788