Comissão do Idoso debate veto a repasses financeiros a ILPI
[31/10/2023]
A Comissão Permanente de Defesa da Pessoa Idosa da Câmara de São José do Rio Preto se reuniu com representantes das Instituições de Longa Permanência de Idosos e do Conselho Municipal do Idoso para debater o veto do Executivo ao projeto aprovado pelos vereadores que previa repasses financeiros em 2024 aos quatro lares que abrigam idosos no município. Pela proposta aprovada, seriam repassados, ao longo dos 12 meses do próximo exercício, R$ 2.252.246,64 às quatro instituições, sendo: R$ 581.556 para o Asilo de Schmitt; R$ 760.816,32 ao Lar São Vicente de Paulo; R$ 536.005,44 ao Lar de Betânia e R$ 373.868,88 ao Lar Esperança.
O presidente da Comissão, Pedro Roberto (Patriota), diz que além da derrubada do veto, outros caminhos podem ser adotados, como apresentar emendas ao orçamento ou até o convencimento do próprio Executivo sobre a importância e necessidade do repasse às instituições. "Havia uma expectativa. Essa demanda tem 15 anos que vem sendo debatida. Fizemos trabalho muito sério, de conhecer as demandas dos lares, os profissionais de saúde que atuam nos lares. Não houve nenhum exagero. Esperávamos que governo ao menos chamasse para negociar. Vamos abrir negociação com o governo. É para o ano que vem, sabemos que governo enfrenta crise, mas é para o ano que vem. Prefeito podia ter avaliado melhor. Vamos estabelecer mecanismo para que lares possam receber recursos e possam manter o pessoal da área da saúde o atendimento de qualidade que fazem com os idosos acolhidos."
A presidente do Asilo de Schmitt, Rita Oczkowski, diz que recebeu com "tristeza" e "indignação" o veto. "Entendemos a justificativa, mas não podemos sem essa colaboração. É muito importante para os quatro lares esse co-financiamento. Vetou, mas tem de vir de outra maneira a proposta. Precisamos. O orçamento para 2024 está sendo aprovado, e se não for feito agora, não pode ser ano que vem. Por isso nos reunimos e vamos tentar conversar com prefeito ver o que pode ser feito e incluir alguma coisa para os lares. Está impossível cuidar dos idosos."
O presidente do Lar São Vicente de Paulo, Paulo Esteves, também disse que recebeu veto com "tristeza." "Tínhamos esperança que prefeito ia reconhecer todo o empenho e trabalho que as instituições fazem. E de tantos grau 3 que cuidamos com recurso próprio, e já estamos desgastados em buscar recursos para essa questão, que deveria ser dever do estado cuidar do direito do idoso."
Já presidente do Conselho Municipal do Idoso, Alexandre Tranjan , disse que "são dois problemas" envolvendo o financiamento dos lares. "Primeiro é o veto, onde recebemos com tristeza e indignação, sendo que é algo factível estar distribuindo dinheiro da saúde para os lares. A outra questão é triste (desvinculação de recursos do Conselho do Idoso), sendo que não chegou para o conselho de forma correta, dinheiro foi abstraído sem que soubéssemos e estamos utilizando outros meios para ver se esse dinheiro volta o quanto antes para o conselho."
Comunicação/Câmara Municipal