Alunos diabéticos devem receber alimentação adequada
A proposta dispõe sobre o fornecimento de alimentação adequada para estudantes portadores de diabetes na Rede Pública Municipal de Ensino. Caberá ao Poder Executivo a fornecer alimentação adequada para estudantes que apresentem comprovação da condição de portador de diabetes, por meio de laudo médico competente, junto à Diretoria da Escola.
“Para manutenção do açúcar no sangue dentro dos limites estabelecidos, é de grande importância a reeducação alimentar do portador de diabetes, que tem que fazer coincidir a dose de insulina que toma, com a quantidade de alimentos que consome e com o exercício que pratica”, informa o autor do projeto.
O vereador Jean Charles afirma, ainda, que como essa doença não atinge somente adultos, mas também crianças e adolescentes, essas restrições na alimentação devem ser observadas pelo Poder Público, principalmente na rede pública municipal de ensino, em que são fornecidas merendas aos estudantes.
Diabetes
De acordo com o texto do projeto, o diabetes é uma doença decorrente da alteração na produção e na ação da insulina. No tipo 1, o próprio organismo reage contra células do pâncreas, responsáveis pela produção da insulina. No tipo 2, o problema é a resistência do organismo à ação da insulina, que aparece, sobretudo em pessoas obesas e sedentárias.
Para o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Balduino Tschiedel, o aumento da obesidade entre crianças e adolescentes e o aumento de casos de diabetes tipo 2 podem significar o aparecimento de complicações ainda mais cedo, como problemas renais e crônicos e amputação de membros.
Declara, ainda, que o diferencial do tipo 2 é a prevenção com mudanças de estilo de vida. Dados da Sociedade Brasileira de Diabetes indicam que cerca de 12 milhões de pessoas no Brasil sofrem da doença, dos quais 90% têm tipo 2, o que poderia ter sido prevenida com mudança do hábito de alimentação, principalmente na faixa etária das crianças e adolescentes.
Dados apontam ainda que, a cada 30 crianças e adolescentes diabéticos identificados através relatórios escolares, 80% das crianças com a doença encontram-se matriculados na rede pública de ensino.
“Portanto, é de suma importância priorizarmos a qualidade dos alimentos ingeridos por nossas crianças no ambiente escolar”, declara o autor da propositura.
Comunicação / Câmara Municipal